Poesias

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Perdido no tempo

Perdido no tempo

De repente me vi diante do passado.
Passado o tempo, passado é passado.
Passado vivido, sem tempo perdido.
Passado em sorriso, passado chorado.

De repente uma faísca de futuro.
Futuro querido, futuro esperado.
Futuro sonhado...
Futuro ali, na minha frente.

De repente... A consciência:
— Acorda rapaz, estás no presente.

Por Ricardo Banholzer*

* Ricardo F. Banholzer é técnico judiciário do TJPE desde 1999 e atua na SGP. O servidor é formado em Biblioteconomia pela UFPE, e em Administração pela Faculdade Joaquim Nabuco. Banholzer  é autor dos livros Pessoa Comum e O Escorpião e o Lagarto, além de ter sido premiado nos Concursos Literários do TJPE em 2016, com o conto A doida da Conde da Boa Vista; e, em 2017, com o conto Podófilo por profissão e a poesia Inocente... ainda.

 

Sobre a inspiração para escrever a poesia Perdido no Tempo, Ricardo explica:

“Certa vez, arrumando os meus papéis em casa, eu me deparei com dois pequenos álbuns de fotografia, daqueles que a loja de revelação nos entregava junto com os negativos. Ali revi fotos do tempo do CPOR e do início do meu curso de Biblioteconomia, quando conheci Sandra, minha esposa. Havíamos saído da aula de Educação Física, ela havia participado de um apresentação de dança e uma colega tirou a foto (visitei o passado). Juntamente com os documentos, encontrei a planilha de planejamento de uma viagem à Europa, que se concretizou dois anos depois (olhei para o futuro). Mas junto com a planilha havia carnês de contas e os contracheques impressos: a consciência sacudindo e avisando - Estás no presente!”

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Texto: Redação | Ascom TJPE

Foto: Alesson Freitas | Maker Mídia